domingo, 8 de fevereiro de 2015

O desastre da reforma judiciária.

O que se está a passar no Tribunal de Setúbal demonstra bem o desastre que está a ser esta reforma judiciária. Como é possível que num país europeu se ponham magistrados, advogados e funcionários a trabalhar num tribunal que está em obras desde Setembro passado e ameaça continuar em obras até ao fim do ano? Será que alguém julga que é possível administrar a justiça nessas condições? E o juiz-presidente da comarca limita-se a fazer o comum discurso de que não há alternativa, ao mesmo tempo que nem sequer permite que o interior do tribunal seja filmado. Mas a verdade é que há imensas alternativas a isto, sendo que a mais óbvia era terminar de imediato com esta disparatada reforma.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Dr. Leitão,
Não leve a mal mas a Justiça não precisava da «reforma judiciária» para se descredibilizar. Coloquei ao construtor do prédio onde habito, uma acção em 2003, e até hoje nicles!... continuo a aguardar que o Tribunal se digne a chamar as partes para resolver o assunto.
Como diz um amigo meu, que também tem um processo sobre cheques roubados com mais de 20 anos (!) por resolver: podemos cortar pela totalidade o orçamento do Ministério da Justiça durante 2 anos, que a maior parte das pessoas nem dará por nada – serão apenas mais 2 anos de espera a adicionar aqueles que os processos já levam… e ainda aproveitamos, com o dinheiro que se poupa, para pagar a dívida mais depressa.
Nesta óptica, como compreenderá, a «reforma judiciária» até dá jeito para «explicar» a realidade medíocre da nossa «justiça».
Cordialmente,
José