domingo, 1 de março de 2009

O Congresso do PS.

É difícil imaginar maior flop do que o do Congresso do PS, parecendo óbvio que este partido se encontra muito mais enfraquecido do que os seus dirigentes querem fazer crer. 
Em primeiro lugar, num autêntico tiro no pé, António Costa elege o Bloco de Esquerda como inimigo principal do PS, o que só enfraquece o próprio PS, colocando-o ao nível do Bloco na luta pelo eleitorado de esquerda, levando a que o próprio Louçã tenha agradecido a referência
Em segundo lugar, Manuel Alegre declara que não vai ao Congresso, deixando Sócrates e os seus apoiantes a falar sózinhos, e demonstrando com isso que há uma importante facção do PS que já não se revê em Sócrates.
Em terceiro lugar, Sócrates apresenta Vital Moreira como seu cabeça-de-lista às europeias, o que constitui uma escolha obviamente redutora, face aos anteriores nomes que tinham sido referidos. Como tem demonstrado no seu blog, Vital Moreira é um dos apoiantes mais indefectíveis de Sócrates, o que faz supor que Sócrates já não consegue chamar pessoas fora do seu núcleo restrito de seguidores. É de salientar ainda que, nesta época de crise onde se esperariam soluções novas a nível europeu, Vital Moreira nada tem de novo a dizer sobre as questões europeias, a não ser insistir no desastrado Tratado de Lisboa, tendo sido até um dos maiores apoiantes da escandalosa decisão de retirar aos portugueses a possibilidade de sobre ele se pronunciarem em referendo. Não admira, por isso, que tenha logo começado por assumir que não conseguirá repetir o resultado de Sousa Franco.
Finalmente, como anti-clímax absoluto, o Congresso é suspenso por falta de electricidade no recinto. Perante a sucessiva quantidade de desastres que lá estavam a ocorrer, essa é capaz de ter sido a melhor decisão que saiu desse Congresso.

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