terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A herança portuguesa em Goa.




São extremamente interessantes os monumentos que nos recordam a presença portuguesa em Goa, como a Sé Catedral, a Basílica do Bom Jesus (onde se encontram os restos mortais de S. Francisco Xavier) e o Arco do Vice-rei, curiosamente construído no tempo de Filipe I.
Cabe lembrar as referências à tomada de Goa por Afonso de Albuquerque, escritas por Camões, nos Lusíadas, II, 51, e X, 42:

Goa vereis aos Mouros ser tomada,
A qual virá depois a ser senhora
De todo o Oriente, e sublimada
Co'os triunfos da gente vencedora.
Ali soberba, altiva, e exalçada,
Ao Gentio, que os ídolos adora,
Duro freio porá, e a toda a terra
Que cuidar de fazer aos vossos guerra.


Que gloriosas palmas tecer vejo
Com que Vitória a fronte lhe coroa,
Quando, sem sombra vã de medo ou pejo,
Toma a ilha ilustríssima de Goa!
Despois, obedecendo ao duro ensejo,
A deixa, e ocasião espera boa
Com que a torne a tomar, que esforço e arte
Vencerão a Fortuna e o próprio Marte.



Mas a presença portuguesa em Goa teve também um lado negro, de que cabe salientar a instituição da Inquisição, admiravelmente recordada no romance histórico de Richard Zimmler, Goa ou o Guardião da Aurora, 2005






Um comentário:

Patricia Lousinha disse...

Obrigada Professor, pelas linhas de História que nos traz e que foi trazendo durante a sua estadia em Goa. E pelas fotografias, claro está.
Sim, levou conhecimento, mas também o trouxe.
Espero que tudo tenha corrido pelo melhor.